segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PostHeaderIcon Manifestações culturais animaram festa da Consciência Negra

Grupos de cultura afros descendente de todo o Estado, e do país tiveram encontro marcado no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, neste sábado (20). Crianças, jovens, adultos, idosos de todos os grupos étnicos e classes sociais subiram a Serra da Barriga para festejar a consciência negra.

A data remonta ao dia 20 de novembro de 1695, quando as tropas de Domingos Jorge Velho deram fim à vida de Zumbi. A data tornou-se referência nacional para lembrar a luta da população negra pela liberdade, colocando Zumbi no panteão dos heróis nacionais.

A Serra da Barriga, hoje tombada pelo patrimônio histórico nacional, dispõe de uma estrutura com edificações que representam os palácios negros e lembra a corte mantida por Ganga Zumba, tio de Zumbi, e do próprio Zumbi. Em seu auge, por volta de 1.600, o Quilombo dos Palmares chegou a abrigar mais 3 mil moradores.

Neste sábado, o movimento foi grande no platô do memorial. Pelos números dos organizadores cerca de 8 mil pessoas passaram pela Serra da Barriga para homenagear Zumbi. O diretor do Patrimônio Afro-Brasileiro, Maurício Reis, disse que a representação do maior núcleo de resistência negra nas Américas hoje está muito maior pela carga cultural que a Serra da Barriga representa. “A quantidade de pessoas que hoje estão aqui apresenta o que significa Zumbi dos Palmares atualmente’, declarou.

A beleza de cada movimento das baianas, mães e pais de santo, no bater do timbal e dos tambores seguia a mesma sintonia dos capoeiristas que se amontoavam em cada espaço da Serra da Barriga. Todos queriam festejar a diversidade cultural do povo brasileiro.

Daril dos Santos Ferreira, capoeirista do Grupo Amuarama, relatou da seguinte forma a presença dele na Serra da Barriga neste sábado: “Aqui estamos em paz, comemorando a vitória, não a morte de Zumbi. Estamos em festa”.

Comemorando do mesmo jeito, um grupo de adeptos do candomblé, moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió, dançavam em roda em celebração à Nagô. Quando questionada sobre o culto, a jovem Larissa Cinthia Gomes e Silva, disse a importância de estar presente na Serra da Barriga neste dia. “Não devemos esquecer jamais de nossas raízes. Aqui estamos entrando em sintonia com nosso passado e lembrando nossos antepassados”, afirmou.

Pai Célio, um dos líderes do movimento negro em Alagoas, deseja que a consciência negra deve ser diária e presente na sociedade. “Todos tem responsabilidade e o papel de disseminar a integração entre os povos, suas crenças e credos”, disse.

O prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas, disse que a cultura afro sempre deve ser lembrada, não apenas no Dia da Consciência Negra e declarou que se sente honrado em participar dos festejos. “A festa enaltece o município e seus moradores. Ficamos cheios de orgulho pelo que representamos, pelo que a cidade representa”, afirmou.

Fonte: Agência alagoas.

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