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Como foi noticiado na ultima edição do jornal, falamos de todo o trabalho desempenhado pela secretaria de agricultura de alagoas e ministério, só que o que era solução vira pesadelo, pois Palmeira até então não emite PTV(Permissão de Transito Vegetal) que para ser liberada depende do CFO( Certificado Fitossanitário de Origem), que aqui no município não é emitido porque o fruto para receber esse certificado necessitaria de um acompanhamento desde o plantio até a colheita para se ter certeza que ele não está contaminado com uma praga que está acabando com laranjais em Minas e na Bahia que é a Mosca Preta.

Produtores e comerciantes do fruto que se arriscam enviando cargas Brasil a fora sem o documento amargam prejuízos, além do fruto ser muito frágil e caro, seu tempo de armazenamento é curto fazendo com que apreensões como a que aconteceu segunda 10 acarrete prejuízos que a categoria não suporta.

Entrei em contato com a representante estadual da ADEAL e ela está em conversa constante com o Ministério da Agricultura para tentar resolver o problema, pois a Bahia está irredutível de sua decisão afirmando que havia mandado uma circular avisando do problema e da necessidade das cargas tanto de manga como de pinha terem o PTV, sendo essas frutas as principais hospedeiras da doença.

Infelizmente os esforços foram em vão, pois a carga foi destruída mesmo não apresentando nenhum foco de praga. Fui até o encontro entre agricultores e o órgão de apoio aos pequenos e médios produtores PAPL (Programa de Arranjos Produtivos Locais) onde eles discutiam sobre formas de crescimento e manejo dos frutos, o primeiro a dar sua Explanação foi Heler Ribeiro, produtor rural da cidade de Petrolina.

Ao termino de sua explanação e a interrupção de Geraldo ribeiro para falar das melhorias que o Governo do estado tem feito justamente no que diz respeito ao produtor rural, teceu elogios ao governo e terminou sua fala orgulhando-se do nosso estado ser o maior produtor de manga do país, eu pude fazer a pergunta que todos os agricultores de Palmeira gostariam de fazer:

“Vendo que não podemos parar no meio do caminho como falou o representante do governo municipal e que o nosso fruto exportado para outras partes do país fica preso no estado da Bahia porque Palmeira não emite PTV e está não é emitida porque não temos técnicos que possam emitir a CFO, tendo em vista que isso não só acontece com a pinha, mas com a manga também, pois esse estado é o trevo central do Brasil. Estamos na contra mão do desenvolvimento, enquanto aumenta a produção de pinha em nosso município à mesma não tem como ser exportada por barreiras sanitárias semelhantes a do gado, o que será feito pelo nosso estado daqui pra frente sabendo que o pequeno produtor não consegue suportar esse prejuízo?” Respondeu Euder Pinheiro:(Presidente da Associação Brasileira de Produção Integrada) Primeiro ponto veja bem é exatamente o que a gente falava a pouco, quando nós não temos o instrumento para atestar a sanidade do nosso produto, não temos um sistema, não temos uma produção integrada, não temos um certificado aí o que é que acontece, o estado e sua defesa fitossanitária vai colocar essas regras de transitação, eu sofro a mesma coisa; eu estou em Pernambuco e tenho que passar pela Bahia com o meu caju e a minha manga e tenho realmente que emitir a PTV, tem que ter o CFO e digo a vocês o seguinte, graças à produção integrada eu emito o CFO porque inclusive os registros da produção integrada, os cadernos da produção integrada hoje foi feito um acordo e eles são harmonizados, eu não preciso ter um segundo caderno pra emissão do meu CFO, os registros da produção integrada são suficientes para isso. Então o que tem de ser feito é realmente estruturar a produção local através da produção integrada para que a gente tenha rapidamente a emissão desses documentos que é muito importante sendo um instrumento também de defesa, eu falei de vocês esse é um problema regional do Brasil, mas eu a pouco citava o exemplo do que acontece no exterior, se você mandar uma fruta que tem resíduo, se eu identificar de que parcela foi só ela será penalizada, se eu não identificar parcela e souber o produtor, o produtor é penalizado e assim vai em cadeia; então a região em si tem que se municiar de capacidade, de registro documental para isso. Todos os produtores tem de se reunir aqui nesse sentido para que tenham seus registro e possam emitir a sua documentação por que são instrumentos dentro do sistema de leis brasileiras que são utilizados pelos estados.

Aí fica mais uma pergunta sem resposta, se não conseguimos nos adequar ao padrão brasileiro como podemos nos adequar ao padrão internacional? E até lá o produtor vai sobreviver de que?