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A conquista da maioria na Câmara dos Deputados e a vitória para governos de importantes Estados nas eleições de 1982 deram um novo ânimo à oposição ao regime militar.

O grande obstáculo para a chegada ao poder era a existência do Colégio Eleitoral, com uma maioria governista no seu interior. A única alternativa seria a aprovação de eleição direta para a presidência. Uma emenda nesse sentido já havia sido apresentada pelo deputado do PMDB, Dante de Oliveira.

A emenda precisava de 2/3 dos votos do Congresso e o PDS sozinho possuía mais de 1/3 da Câmara e maioria no Senado. Somente um fato novo poderia reverter esse quadro tão adverso.

Em abril de 1983 o PMDB aprovou uma campanha nacional por eleições diretas. Em junho ocorreu o primeiro ato público em Goiás. Em novembro de 1983 realizou-se um comício na praça em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo. No dia 12 de janeiro de 1984 um comício em Curitiba inaugurou a campanha suprapartidária pelas Diretas.

No dia 25 de janeiro de 1984 ocorreria um comício na Praça da Sé em São Paulo, com a participação de mais de 300 mil pessoas. A campanha ganhou as ruas, arregimentando um número crescente de partidários em todo o país, nos mais diversos setores da sociedade. Reuniram-se lideranças políticas, sindicais, eclesiásticas e estudantis. Vários artistas, jogadores de futebol e jornalistas aderiram ao movimento, que ganhava cada vez mais simpatizantes entre as camadas populares.

A campanha tomou as praças públicas. Sucederam-se manifestações em diversas capitais do país, Nos últimos cem dias da campanha mais de 8 milhões de pessoas saíram às ruas de todo o país. Eram as maiores manifestações da história do Brasil. O comício da Candelária, a 10 de abril, no Rio de Janeiro, e o do Anhangabaú, a 16 de abril, novamente em São Paulo, reuniram, cada um deles, mais de um milhão de pessoas.

A emenda “Dante de Oliveira”, pelo retorno das eleições diretas à Presidência da República, foi votada em 25 de abril de 1984. Conquistou 298 votos. Apenas 65 deputados votaram contra, mas 112 se ausentaram do plenário e a emenda não conseguiu os 2/3 necessários. Nesse dia 55 deputados do PDS votaram com a oposição.

Menos de dois meses depois da derrota da emenda das diretas, em junho, os governadores do PMDB lançaram o nome de Tancredo Neves à presidência. Grandes comícios se repetiram em todas as principais cidades brasileiras e reuniram milhões de pessoas. A grande mobilização em todo o país culminou com a eleição no Colégio Eleitoral de Tancredo Neves à presidência, derrotando Paulo Maluf, candidato da ditadura.

Em Alagoas a mobilização foi intensa. O Comitê Alagoano pelas Diretas aglutinou os mais diversos setores da sociedade na luta pelas Diretas Já. Milhares de pessoas foram às ruas nos comícios pelas Diretas.

Exercendo o mandato de deputado estadual, com caráter democrático e popular contra a ditadura, participei ativamente como parlamentar na campanha pelas Diretas Já em Alagoas, ao lado de lideranças políticas, estudantis, sindicais, de entidades como a OAB, da Igreja e a sociedade civil em geral.

Nas fotos:

- Na reunião do Comitê Alagoas pelas Diretas, Eduardo Bomfim, Jarede Viana, Geraldo Sampaio, Renan Calheiros.

- O Encontro de Avaliação do movimento, realizado no auditório da antiga reitoria da UFAL, lotado. Fotos: Ênio Lins preside a mesa que dirigia os trabalhos, Taís Normande fala aos militantes e Eduardo Bomfim dicursa.

- Ato pelas Diretas Já reúne milhares de pessoas em Maceió. Na foto, Eduardo Bomfim, Freitas Neto e Aldo Rebelo.

- Grande comício em Maceió pela eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Na foto: Eduardo Bomfim e Ronaldo Lessa.

Após sobrevoar cidades devastadas, o presidente visitou Rio Largo, onde quebrou o protocolo para ouvir o drama das vítimas
Rio Largo – Acompanhado de oito ministros, dos governadores Teotonio Vilela (PSDB), de Alagoas, e Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco; do presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Fernando Collor (PTB); e do deputado federal Joaquim Beltrão (PMDB), o presidente Luis Inácio Lula da Silva, após visitar Palmares (PE), desembarcou em Alagoas ontem à tarde, para a primeira visita ao Estado depois da catástrofe provocada pelas fortes chuvas, que deixaram um saldo de cerca de 180 mil pessoas atingidas, 34 mortos e um cenário de destruição em 26 dos 102 municípios alagoanos.
A cidade de Rio Largo, uma das mais atingidas pelas chuvas, foi escolhida para que Lula pudesse conhecer de perto a destruição que atingiu o Estado de Alagoas. O presidente desembarcou no município por volta das 15h30, depois de sobrevoar outras cidades atingidas pelas inundações. Percorreu rapidamente o bairro de Cachoeira, no Centro, e visitou uma escola municipal, onde 247 pessoas estão alojadas, antes de retornar ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares.

COM O POVO
Quando Lula chegou à Escola Municipal Evandra Carneiro, os desabrigados o recepcionaram com aplausos e pedidos de ajuda. O presidente assistiu a um vídeo com imagens de Rio Largo, antes e depois da tragédia.
Mas uma outra surpresa maior o esperava. O protocolo da viagem foi quebrado mais uma vez. A pedido, o presidente Lula ouviu novos depoimentos de vítimas. Aparentando nervosismo, a agente de endemias Shirley Jane de Lima Ferreira passou a relatar o drama daquelas famílias. Percebendo o nervosismo de Shirley, o presidente a surpreendeu quando pediu o microfone para que ela pudesse falar com mais tranquilidade. “Não se preocupe, você está nervosa, deixe que eu te ajudo”, falou o presidente Lula.
Depois de sobrevoar as áreas arrasadas pelas enchentes em municípios de Pernambuco e Alagoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com prefeitos, a bancada federal alagoana e oito ministros para anunciar o repasse imediato de mais R$ 250 milhões para cada Estado, dando fim ao temor de que os entraves burocráticos perpetuassem a trágica situação das cidades destruídas pela força das águas. Ao se reunir com prefeitos e os governadores Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o pernambucano Eduardo Campos (PSB), no auditório do Aeroporto Zumbi dos Palmares, Lula reafirmou que a iniciativa de liberar o total de R$ 550 milhões aos dois governos – somando os R$ 50 milhões já liberados na terça-feira (22) – seria uma prova de confiança de que os recursos não serão utilizados na política eleitoral.
FALA LAND
As expectativas de reconstrução das casas são grandes, pois a reconstrução das vidas a lacuna do caos é grande para que consigamos de uma hora para outra, esperamos agora que governantes e candidatos não façam desse dinheiro o caixa de suas campanhas, o presidente chora porque veio de família pobre, veio das palafitas e casas de taipa da vida, não de famílias influentes como a maioria dos políticos de Alagoas, seu berço foi colchão de capim, sua educação foi a de não pegar o que é alheio, mas a da maioria dos nosso governantes é a de dinheiro é poder e no amor e na política vale tudo.
Temos mais de 90 mil pessoas acreditando na fidelidade de político corriqueiros ao sertanejo que chegou a cadeira de presidente, temos famílias destruídas em um cenário pós-guerra, espero que esse caos sirva para que as pessoas acordem para o caos eleitoral, onde os ricos tem o dinheiro e o poder e os pobres pedem ajuda.
Temos que nos levantar e defronte as ruínas, ergamos um estado melhor e um país em contínuo crescimento com a cara do Brasil, política se faz com o povo no poder.

Quebrangulo uma das cidades afetadas pelo temporal que atingiu vários municípios de Alagoas e Pernambuco parece um cenário pós-guerra, várias casas destruídas, ferros distorcidos, Lixo, sujeira, entulhos, lama, fedentina para todo o lado, pessoas desoladas a vista de tudo que a chuva levou. Muita gente necessitando de ajuda e apoio em um momento tão difícil em suas vidas.

A ajuda vem dos municípios vizinhos, roupas, mantimentos, água, muita solidariedade, enquanto a mídia fala em outras cidades como Branquinha, Santana do Mundaú e União dos Palmares, Quebrangulo pede socorro. Muitos voluntários estão ajudando aos quebrangulenses, religiosos, defesa civil, exercito e governo local se empenhando para amenizar o sofrimento de quem perdeu tudo, não é fácil andar nas ruas, muita lama, troncos de árvores, resto de construções, pontes destruídas, a iluminação pública deficiente, o acesso a Viçosa ainda continua interditado, pois todo o calçamento foi arrancado com a força das águas, mesmo com tantos esforços a situação é de calamidade pública.

O governo federal liberou verbas para os municípios atingidos, enquanto essa ajuda não chega o que vale é a solidariedade do povo ao ver pessoas desolados sem ter para onde ir precisando de um copo d’água para matar a sede. As autoridades sentem dificuldades em organizar o mutirão de doações, vários moradores reclamam que existe mantimentos, cobertores e colchões nos pontos de apoio, mas que a distribuição é falha, muitas famílias ficam sem receber porque existe ainda poucos voluntários para ajudar a distribuir igualitariamente os donativos.

Se você ainda não tem um programa no final de semana ajude a quem precisa, procure as autoridades ou instituições que se disponibilizaram a ajudar a quem perdeu tudo. Essas pessoas necessitam de sua ajuda. Vejam mais fotos no link: http://www.flickr.com/photos/blogdoland/show/